A anovulação, falha ou ausência de ovulação no ciclo menstrual, é uma das causas mais comuns de infertilidade. Mesmo sendo um fator que dificulta a gravidez, é possível a mulher obter uma gestação ao adotar procedimentos voltados para a reprodução assistida (RA).
Os fatores que levam uma mulher a não ovular são caracterizados por problemas funcionais, como danos físicos aos ovários, cirurgias e endometriose, distúrbios de alimentação (anorexia ou excesso de peso), distúrbios de ansiedade como estresse e atividade física em excesso, que afetam o funcionamento do cérebro do hipotálamo e, consequentemente, a hipófise (responsável pela liberação de hormônios no organismo); e desequilíbrios hormonais, tais como: Síndrome dos Ovários Policísticos, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperprolactinemia (excesso de produção de prolactina, hormônio responsável pela produção do leite). Entre todos os distúrbios da ovulação, o mais frequente são os ovários micropolicísticos.
É possível perceber a anovulação quando a mulher apresenta amenorreia (falta de menstruação), menstruação irregular e infertilidade. O diagnóstico da doença é realizado por exames de hormônios e ultrassonografia, além da história clínica.
Após a correção de possíveis causas de anovulação e definida que esta é a única causa da falta de fertilidade, inicia-se o tratamento com medicamentos na mulher, com a ingestão de hormônios, para induzir a ovulação. Em seguida, é necessário programar as relações sexuais para o momento correto do período ovulatório, procedimento conhecido como coito programado.
Se a gestação não ocorrer após três tentativas com este tratamento, a segunda opção é a Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, também com três tentativas. Em último caso, no insucesso dos dois procedimentos anteriores, é aconselhável adotar a fertilização in vitro, em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.
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